30 MEGAWATTS
Complexo eólico de R$ 540 mi é concluído no CE
05.04.2014
A produção está destinada a clientes específicos, como supermercados e shopping centers
Após um investimento final de R$ 540 milhões, a Tractebel Energia concluiu o Complexo Eólico do Trairi, no litoral oeste cearense, com a inauguração de seu quarto e último parque. Com 13 aerogeradores, o Mundaú acrescentará 30 megawatts (MW) ao complexo, que agora passa a ter capacidade instalada de 115,4 MW. Esse total é suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes.
O empreendimento não participou de nenhum leilão de energia do governo Federal e sua produção, portanto, não será levada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com comunicado ao mercado lançado ontem pela GDF Suez, grupo francês controlador da Tractebel, a produção no complexo está destinada diretamente a clientes específicos, a exemplo de shopping centers, supermercados, empresas de médio porte, além do setor industrial.
"O parque eólico Trairi nos permite expandir nossa participação global no setor das energias renováveis, reforçando simultaneamente a estratégia da empresa de aumentar a nossa capacidade elétrica em mercados em rápida expansão", afirma o comunicado.
O grupo produz 7% da energia elétrica brasileira, sendo 87% do total direcionada para energias renováveis. O complexo já funcionava desde o segundo semestre de 2013, com a operação dos parques Flexeiras (30 MW), Trairi (25,4MW) e Guajiru (30MW).
Mundaú
Já o parque Mundaú, que começou a operar comercialmente no dia 1º de abril, teve sua construção iniciada em 2011. A energia a ser produzida pelo parque será distribuída através da subestação Pecém II, de 230 kV.
A data prevista inicialmente para que o parque entrasse em operação comercial era em novembro de 2012, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entretanto, a usina só começou a operar em testes em fevereiro deste ano.
Obras
No ápice das obras, o complexo chegou a mobilizar 700 pessoas, entre empregados da Tractebel e empresas terceiras. Para a instalação o complexo, também foi implantada no município de Trairi uma fábrica de torres para a produção das estruturas que sustentam os aerogeradores. "Nossa intenção é seguir investindo na diversificação de nossas fontes de energia, proporcionando maior segurança em nosso mix de produção" disse o presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres, destacando que o complexo é o segundo empreendimento da companhia a ser registrado pelas Nações Unidas no MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo).
O primeiro foi em 2005, com a Unidade Cogeração Lages (SC). O registro habilita o empreendimento à geração de créditos de carbono durante a sua vida útil. Atualmente, a Tractebel é a maior empresa privada de geração de energia do Brasil, com 25 usinas, entre hidrelétricas, termelétricas e renováveis.
Desempenho
Como parte do complexo está em operação desde o ano passado, o diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos da Tractebel, José Luiz Jansson Laydner, afirma que o empreendimento tem apresentado um bom desempenho operacional."A geração nos meses de novembro e dezembro ficou acima das nossas expectativas (55% a 60%) e alcançou 77% do fator de capacidade instalada. É o resultado de bons ventos somados à tecnologia de última geração", destaca Laydner.
Sérgio de Sousa
Repórter
Repórter
Nenhum comentário:
Postar um comentário