quinta-feira, 21 de maio de 2015

BRASIL DESIGUAL

Relatório da OCDE aponta redução da desigualdade de renda no Brasil

Criado em 21/05/15 13h51 e atualizado em 21/05/15 14h56
Por Giselle Garcia Edição:José Romildo Fonte:Agência Brasil

Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado hoje (21), em Paris, mostra o Brasil como país que apresentou sinais promissores de redução das desigualdades sociais, juntamente com Peru, México, Argentina e Chile. Apesar dos bons resultados, a América Latina continua entre as regiões com a maior disparidade entre ricos e pobres do mundo.
O documento faz uma análise específica da desigualdade em economias emergentes, comparando os resultados com a média dos países integrantes da organização.
De acordo com o estudo, o Brasil conta com um coeficiente de Gini – índice usado para medir a desigualdade de renda de uma nação – de 0,56, menor que os 0,60 apresentados na década de 90, mas bem maior do que a média dos estados-membros da OCDE, de 0,32. Quanto mais próximo de 100, mais desigual é o país e quanto mais próximo de 0, menos desigual.
Na comparação com outros países latino-americanos, o Brasil é mais desigual que Chile, Argentina, Peru e México. No grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil tem o segundo maior Gini, atrás apenas da África do Sul (0,67).
A tendência de redução registrada na América Latina e Caribe, de acordo com o relatório, contrasta com o aumento da desigualdade na maioria dos países-membros da OCDE, em especial nas nações que adotaram a austeridade fiscal como resposta à crise econômica de 2008/2009. Atualmente, na região analisada, os 10% mais ricos ganham 9,6 vezes mais que os 10% mais pobres. A proporção, que era 7 para 1 na década de 80, passou para 9 para 1, depois do ano 2000.
Para o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, os altos índices de desigualdade atrapalham o crescimento. “As consequências são tanto econômicas quanto sociais”, disse. Segundo o relatório, a disparidade de renda é maior no Chile, México, Turquia, Estados Unidos e Israel, e menor na Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia e Noruega.
Economias emergentes como o Brasil, de acordo com o estudo, acertaram ao optar por medidas de reforço da proteção social e de redistribuição de renda para combater a redução da pobreza e da desigualdade.
A ampliação do acesso à educação e o aumento no salário mínimo resultou, no Brasil e em outros países analisados, na redução da desigualdade de renda no trabalho. A diferença salarial entre postos que exigem maior e menor qualificação diminuiu. Além disso, a ampliação dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, por exemplo, contribuíram para promover maior redistribuição de renda e, consequentemente, mais desenvolvimento.
Para reduzir a distância entre ricos e pobres e ampliar o crescimento, o relatório recomenda a promoção de mais igualdade entre homens e mulheres, ampliação do acesso a melhores empregos, maisINVESTIMENTOS em educação e formação e redistribuição de recursos, por meio de transferências de renda. Sugere, ainda, que as economias emergentes avancem nas medidas de formalização da mão de obra e  simplificação do sistema tributário. Citou a implantação do Simples Nacional, pelo Brasil, como exemplo de sucesso.
FONTE: http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2015/05/relatorio-da-ocde-aponta-reducao-da-desigualdade-de-renda-no-brasil

segunda-feira, 11 de maio de 2015

TRAIRI NO MAPA DA DENGUE ( FONTE:GLOBO.COM)

Ceará sofre epidemia de dengue em 17 municípios, aponta boletim

Dezessete cidades têm mais de 300 casos da doença por 100 mil pessoas.
Ceará registrou quatro mortes pela doença em uma semana.

Do G1 CE
Hora 1_dengue (Foto: reprodução TV Globo)Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue
(Foto: reprodução TV Globo)
O Ceará registra também 7.952 casos confirmados da doença em 22 cidades, segundo o boletim de epidemiologia divulgado nesta sexta-feira (8) pela Secretaria da Saúde do Ceará. Alcântaras, Arneiroz, Barbalha, Catarina, Coreaú, Eusébio, Hidrolândia, Ipu, Jardim, Jucás, Mucambo, Ocara, Piquet Carneiro, Pires Ferreira, Porteiras, São Gonçalo do Amarante e Trairi tem incidência acima de 300 casos por 100 mil habitantes, o que configura surto epidêmico.
O estado resgitrou quatro mortes em consequência da dengue em uma semana, elevando para nove o número de óbitos pela doença no estado em 2015. No ano passado, 53 pessoas morreram devido à doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Ceará está em situação de alerta para a ocorrência de epidemia. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), mostra que 340 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias e 877 estão em alerta. Fortaleza também é uma das capitais em alerta, segundo o Ministério.
O índice utilizado no LIRAa leva em consideração a percentagem de casas visitadas com larvas do mosquito Aedes aegypti. Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito; e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de residências com larvas do mosquito.
Controle
Para controlar a proliferação do mosquito que transmite a dengue e a febre Chikungunya, a orientação dos especialistas é manter os quintais sempre limpos, recolher, eliminar ou guardar longe da chuva todo objeto que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis e até cascas de ovos. O lixo doméstico deve ser acondicionado em sacos plásticos e descartado adequadamente, em depósitos fechados.
Depois da chuva, é recomendado fazer a vistoria no quintal e na casa para eliminar a água acumulada sobre lajes, calhas, tanques, pratinhos de vasos de planta. Baldes, potes, quartinhas, bacias, camburões e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos, assim como a caixa d'água, devem ser mantidos limpos e fechados para evitar o risco de proliferação do mosquito.
Infográfico Dengue (Foto: Arte/G1)